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17/06/2008

HOJE JOGO EU: JOGAR OU NÃO? EIS A QUESTÃO!!! e outros esclarecimentos, quando se fala por aí de Delegados da EHF

"ÁRBITROS: Chamamos a atenção para o facto de que os árbitros da modalidade não podem participar como atletas em nenhuma destas competições." - in site da FAP, VIII Campeonato Nacional de Andebol de Praia.
Esta parece ser a polémica do momento. Aqui no blogue, informados desta nova polémica, resolvemos questionar os nossos visitantes. Os resultados são claros: 62% confirmam que os árbitros não devem participar no Campeonato Nacional de Andebol de Praia. 31%, vão ainda mais longe e dizem que os treinadores também não devem jogar. Por outro lado, 93%, dizem que no Andebol de Praia, todos devem poder participar.
Em que ficamos então? Os árbitros devem poder jogar ou não? A Federação deveria castigar apenas aqueles que tiveram comportamentos incorrectos e deixar os outros participar livremente? Estes comportamentos incorrectos deveriam ter sido sancionados logo no fim da Etapa Regional de Espinho? São várias as questões que me colocaram ao longo destes tempos...
Na verdade, as regras são muito específicas e podem ser consultadas no Regulamento da FAP: - Um árbitro de andebol nacional de andebol não pode participar como atleta em nenhuma prova da Federação, como se pode ler no:

"Artigo 48.º(*) (**)
Limitações ao exercício da arbitragem

Sem prejuízo de outras limitações estabelecidas em regulamentos federativos, e o
disposto no Título 15 do Regulamento Geral o exercício da actividade de árbitro
Nacional , no activo, é incompatível com o exercício de outras funções no seio da
modalidade, a nível Nacional, designadamente :

a) Dirigente ou oficial ao jogo nas sociedades desportivas e nos clubes;
b) Titular de cargos em orgãos sociais da Federação ou Associação Regional de
Andebol ;
c) Treinador, praticante, médico e massagista de Clube ou Sociedade Desportiva;
(*)Introdução de novo artigo aprovada em Assembleia Geral de 5.7.2003
(**) renumeração após Assembleia Geral de 1.07.2006"
O que acontecia é que no Andebol de Praia, até ao último Campeonato Nacional, havia várias equipas, masculinas e femininas, que tinham árbitros nas suas fileiras, mas que participavam, uma vez que a Federação, autorizava a sua participação. E até aqui, sempre correra tudo bem e ninguém se lembrava do artigo 48º. Mas como diz o provérbio: depois de casa roubada, trancas à porta...
Este ano, após a remodelação da Comissão Nacional de Andebol de Praia, da qual fazem parte os elementos federativos, mais 2 representantes das Associações de Andebol de Aveiro, Porto e Leiria, ficou estabelecido, que os árbitros não podiam participar. Esta é uma deliberação da Comissão Nacional de Andebol de Praia da Federação de Andebol de Portugal, que após uma reunião em Aveiro, com os tais membros acima descritos assim determinou.
A aplicação desta regra, não me parece perseguição individual a ninguém (como já me disseram), pois ninguém é assim tão importante. Parece-me sim, que esta regra só agora foi aplicada para que não surjam mais acontecimentos protagonizados em etapas regionais e até na Fase Final que violam claramente o espírito do Andebol de Praia e toda a filosofia que lhe está subjacente.
No entanto, lembro que no dia 29 deste mês, vão estar no Europarque os representantes federativos, a quem se deve efectivamente questionar o porquê da aplicação desta regra no 8º Campeonato Nacional. Na minha opinião, a aplicação desta norma, tem a ver com o facto da Federação estar a tentar proteger os árbitros, assim como os clubes protegem alguns dos seus activos, não os deixando também participar no Andebol de Praia.
Aproveitando ainda a maré de esclarecimentos, queria também informar, que na verdade Portugal, tem desde 2003, um Delegado da EHF para o Andebol de Praia, que tem estado presente em todas as Fases Finais dos Campeonatos Nacionais. Aliás este mesmo Delegado Europeu (português) está presente também nos meetings europeus e nos grandes eventos internacionais, como estão também árbitros portugueses.
Assim sendo, não é muito normal, nem sinal de competência, que um represante de uma equipa como o Arsenal de Canelas, que ainda agora participou na Fase Final da EBT, diga por aí, que vai chamar um Delegado de EHF para vir monitorizar a Fase Final do Campeonato Nacional, quando todos sabemos que Portugal tem um Delegado Europeu de Andebol de Praia, que por norma assiste a todas as Fases Finais e inclusive a etapas, quer quando eram nacionais, quer agora que são regionais. No mínimo, perde toda a credibilidade!
Devemos ter a certeza que o nosso conhecimento da modalidade é global, para não ficarmos mal vistos no exterior, quando algumas pessoas tem tentado com grande sacrificio internacionalizar o nosso Andebol de Praia.

8 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com este artigo! Muito bom e pelo menos esclarece algumas dúvidas. Penso que a FAP devia ter castigao logo o Lausane e os seus jogadores, quando em Espinho abandonaram o campo antes da Final. Aliás é lamentável que pelo menos dois desses jogadores, são responsáveis pela formação de árbitros em Aveiro.
Quanto ao que o Sr. Pedro, do Arsenal de Canelas, que anda por aí a escrever em outros foruns, parece-me que agora fica um pouco ao rídiculo, pois se Portugal tem um Delegado Europeu sempre presente, e ele vem dizer que as "coisas estão bem encaminhadas..."! Bem é de rir, no mínimo...
Artur

Anónimo disse...

O Lausane eram aqueles que tinham umas t'shirts a dizer campeões regionais de aveiro na fase final? Eram de rir... aliás as equipas de aveiro: esta e o arsenal de canelas, sempre que perdiam a culpa era dos árbitros e nunca deles...
Mónica Santos

Anónimo disse...

O que interessa deste artigo é que finalmente se percebe o porquê desta atitude da FAP para com os árbitros. Aliás, lembro, que no tempo do Goulão, como Coordenador do Andebol de Praia, estes senhores nem sequer tossiam, quanto mais abandonarem o campo...
Quanto ao facto de Portugal ter um Delegado Europeu de Andebol de Praia, isso não é novidade, pois todos sabem do esforço do professor Canelas, junto dos representantes da EHF e da IHF para que sejamos um país presente de todas as formas, inclusive com duplas de arbitragem nos europeus e mundiais.
C. Alberto

Anónimo disse...

De rir é a quantidade de mentiras (ou de informação errada fornecida) que estes comentários contêm........
Informem-se não apenas junto do sr. António Brousse do que realmente aconteceu, porque as versões não são as mesmas


A equipa do café lausanne encara sempre a participação nos torneios com grande desportivismo e fair play reconhecidos pela grande maioria dos participantes (atletas, árbitros, etc.) com que se tem encontrado nas areias portuguesas ao longo dos últimos anos.
Fazemos dos jogos festas de andebol, sabemos das dificuldades implicitas na arte de arbitrar e não somos(nem fomos) nem mais nem menos contestatários que as restantes equipas.

Honramos os nossos compromissos quer ao nível dos patrocinadores, quer do material desportivo que adquirimos (a tempo e horas) e a nossa falta ao jogo decorreu precisamente dessa necessidade.

A marcação do jantar foi feita para o horário em que a própria organização nos informou que todos os jogos estariam terminados(até demos 1 hora de tolerância) e esse compromisso foi assumido e respeitado por nós mas não pelas pessoas que resolveram alterar a ordem e os horários dos jogos.

Mais equipas faltaram a jogos ou fizeram-se representar por 1 elemento, mas só o lausane merece ser castigado?

Os responsáveis pela formação de árbitros de aveiro cumprem as suas tarefas e quer os jovens árbitros de Aveiro, quer as pessoas que os viram a trabalhar em torneios ou jogos podem atestar as suas competências

João Teles Correia

Anónimo disse...

Teles, primeiro ninguémse informou só junto da minha pessoa, pois mas se te lembrares essa informa´~ao de que os jogos estariam todos terminados a essa hora foi-vos dada antes de nós term,os aceitado trocar um dos vossos jogos para as 18h (hora que os árbitros iriam jantar) e que só começou às 18.40 por a equipa de espinho estar à espera que o Joel e outro elemento da vossa equipa chegasse e jogo esse que terminou às 19.20, ou seja atraso de uma hora e vinte minutos. Como a final estava marcada para as 22.00 e com o atraso iria realizar-se às 23.10 ainda recuperamos 10 min do tempo que voces atrasaram (ao pedirem para jogar a meia final à tarde) o terminus dos jogos da tarde.
Mas não sei porque dizem que sou eu pior detrás disto ou que fui eu que criei a regra. Como ja disse a várias pessoas digam isso dia 29 onde estarão todos os responsáveis FAP e se assim for de certeza que eles vos deixarão participar... E tu até podes falar com o sr Joao Lemos e informares que foram os presidentes das associações que t^em circuitos regionais a decidir isso e não a Comissão Nacional ou qualquer elemento em particular ligado ao Andebol de Praia que decidiu isso.
Mas também não percebo porque outros árbitros que estão impedidios de jogar não reclamam. como por exemplo a equipa da Quadrilha nem tenta justificar nada, nem a equipa de árbitros que esteve na Nazaré na fase final e só a equipa do Café Lausanne é que tenta justificar o que não tem justificação!!!
Falem com os responsáveis FAP e se eles deixarem óptimo , quantos mais melhor no andebol de praia

António Brousse

Anónimo disse...

Ah só uma coisa não só o Lausane é castigado, mas sim todas as equipas que têm árbitros e a equipa do café lausane poderá jogar desde que não tenha nenhum árbitro inscrito como atleta.

Uma questão de ler regulamentos!!!

Ninguém castigou a equipa de jogar!!!

António Brousse

Anónimo disse...

"Em que ficamos ent�o? Os �rbitros devem poder jogar ou n�o? A Federa�o deveria castigar apenas aqueles que tiveram comportamentos incorrectos e deixar os outros participar livremente? Estes comportamentos incorrectos deveriam ter sido sancionados logo no fim da Etapa Regional de Espinho? "

Brousse:
Eu respondo ao que est� aqui escrito afirmando que equipas com �rbitros que estiveram na etapa regional de espinho tiveram comportamentos incorrectos e explicando o que ocorreu, porque me parece que s� a vers�o da organiza�o foi explicada ao Paulo.
Aqui � que fala de que a federa�o deveria castigar e diz mais: " s� agora foi aplicada para que n�o surjam mais acontecimentos protagonizados em etapas regionais e at� na Fase Final que violam claramente o esp�rito do Andebol de Praia" . Se n�o � dito directamente � uma insinua�o clara que a regra decorre do que aconteceu vindo de algu�m que conjuntamente com um n�cleo reduzido de pessoas t�m sido os respons�veis pelo andebol de praia. Da� eu afirmar que as pessoas organizadoras t�m o direito de criar as regras que entenderem em rela�o aos �rbitros, agora afirmar que isso n�o � uma afronta �s equipas que jogam andebol de praia com �rbitros no seu "plantel" � querer esconder o que � claro.

A �nica situa�o an�mala criada n�o pela nossa equipa, continuo a afirmar o mesmo, mas pela forma como se organizaram e modificaram as horas dos jogos em espinho � retratada no texto acima como viola�es do espirito de andebol de praia?????

Ou h� mais situa�es com outras equipas de �rbitros que eu deconhe�o, ou ent�o tenho de considerar que esta proibi�o decorre mesmo de uma persegui�o e de um amuo e que j� resultou na proibi�o, no ano passado, com os mesmo respons�veis, de participar nas 24 horas de Espinho.

Anónimo disse...

Caro João:
Como sabes, não estive presente nem na etapa de Espinho, nem nas 24horas de 2007 a tempo inteiro e principalmente durante o ocorrido, pelo que não afirmo o que não vi. O que se passa é que efectivamente, goste-se ou não, a FAP, tomou uma decisão: devido ao artigo 48º, os árbitros não podem participar no Nacional de Andebol! Se este artigo é apenas agora usado, quando durante sete anos não o foi, todos devemos colocar a mão na consciência e assumir onde falhamos, ao invés de tentarmos arranjar desculpas! Como sabes, são muitos os meus amigos que sendo árbitros, sempre participaram no andebol de praia, como jogadores e muitos deles sentem-se lesados, porque foram prejudicados sem terem cometido nenhum atropelo às regras, sendo hora de jantar ou não!
Por outro lado, devo acrescentar, que devido a outros afazeres na FAP, não pertenço à Comissão Nacional de Andebol de Praia faz já dois anos, pelo que não me podes ligar a esse tal grupo de decisão, que como já informei, está agora dependente de 3 associações e de dois membros da FAP.

Paulo Costa